A Liturgia
é o cume para o qual tende a ação da Igreja e, ao mesmo tempo, a fonte donde
emana toda a sua força. SC n10
A
partir dos princípios gerais da Teologia da Liturgia justifique tal afirmação:
A Fé cristã ela é essencialmente trinitária, mas se pode
dizer que a espiritualidade, a teologia e a Liturgia tudo o que engloba e
manifesta essa relação do Pai e do Filho e do Espírito Santo, na Igreja,
abrange a totalidade e o patrimônio da Fé cristã que Cristo revelou na sua
plenitude.
Na economia da Salvação está presente o específico da
Pessoa que revelou a Salvação do Pai, ou seja, Cristo Jesus. A experiência de
fé que brota nas comunidades com o que se celebra e o que se crê é pela
economia da Salvação que se revela esse viver como comunidade.
Devido a esta fundamental importância é que se faz tão
necessário fomentar nas comunidades celebrantes a harmonia e o equilíbrio de
tudo o que rodeia uma ação litúrgica.
Pela Liturgia faz-se memória de Jesus Cristo como
Salvador, por isso, se diz que a Liturgia é uma ação memorial. Cristo revelou a
Salvação do Pai, no e pelo Espírito Santo.
Esse acontecimento do passado se torna presença viva e
eficaz hoje para toda a Igreja. Os Sacramentos são as forças que movem e
dinamizam a ação de Deus em favor do povo.
Quando Deus criou a humanidade, e por sua vez, o pecado
entra na dimensão humana, pois o homem quis ser igual a Deus, escolhendo uma
vontade diferente pra si daquela que era a vontade por Excelência. O homem se
tornou um herdeiro do pecado. Com a vinda de Cristo ele resgatou o homem velho e
foi herdado sobremaneira o “homem novo”.
Cristo nasceu, cresceu em uma família, teve sua vida
pública, sua pregação e o momento da cruz. A cruz não como morte, mas, sim, o
amor até as últimas consequências.
Em se tratando de
todo o projeto de Salvação do Pai, que se deu pelo Filho, por Cristo, com
Cristo e em Cristo no e pelo Espírito Santo se realiza na Liturgia e é
vivenciado a cada momento nas celebrações.
A vida cristã foi se desenvolvendo, tomando estrutura,
fundamentação. Esse fundamento era tanto nas leis de Moisés, nos dez
mandamentos como nas escrituras do Antigo Testamento. Jesus é o Novo Testamento
que a partir dali foi sendo escrito e vivenciado nas primeiras comunidades.
Com Paulo e nos Atos dos Apóstolos teve a sua grandiosa
importância para que no decorrer da história houvesse a elaboração de um rito
próprio cristão para se celebrar a Páscoa do Senhor. Nas leis judaicas celebravam a Páscoa
judaica, depois de Cristo tem-se Ele próprio como a Páscoa.
As primeiras comunidades, os primeiros cristãos se
reuniam no primeiro dia da semana, ou Dias
Domini para celebrar a memória pela Proclamação da Palavra e a Eucaristia,
depois o envio em missão. Como foi dito, pela proclamação da Palavra surge o
rito da Palavra. Deus que fala com seu povo; o esposo dialoga com a esposa.
No gesto sacramental da Eucaristia surge o rito Eucarístico
onde entre os ritos explicativos; rito culminante ou gesto culminante e ritos complementares
se dá esse grande mistério da vida de Cristo manifestada nas espécies do pão e
do vinho. Relembra-se a última ceia, quando se oferece o pão e o vinho no
momento do ofertório oferece-se o sacrifício de Cristo e é na consagração,
através de um ministro ordenado que o pão e o vinho se transformam em corpo e
sangue de Cristo.
A Ceia do Senhor
acontece dentro de uma Oração Eucarística e por um ministro ordenado. Só é
gesto memorial dentro de uma Oração Eucarística, as palavras do ministro são o
gesto profético, gesto realístico de Cristo na cruz. O dom oferecido se torna
dom recebido. O dom oferecido de Cristo pela sua vida como dom recebido pela
Igreja sua esposa.
O cristianismo é uma religião espiritual onde se transforma
a prática de cada um, ou seja, motiva o agir cristão a partir do encontro com o
Ressuscitado.
A Liturgia como cume, ou seja, o ponto alto do Mistério
de Deus para o seu povo. E é na Liturgia que se celebra os Sacramentos. Esses
Sacramentos são acompanhados por ritos que foram se desenvolvendo no decorrer
dos séculos através da Igreja Romana.
São pelos Sacramentos que Cristo se revela a cada
celebração, eles são a presença viva e eficaz da graça Divina.
Como o cristão ao entrar em contato por Cristo, com
Cristo e em Cristo ele se transforma e manifesta essa mudança no seu convívio
pessoal e como comunidade.
Cristo nos deixou o exemplo para que fossemos seguidores
dos seus ensinamentos e que os frutos produzidos modificassem as realidades à
volta. O discípulo ouve do Mestre e se torna um discípulo missionário.
Alvaro
Luiz Martins Nortok, acadêmico do 2º ano de teologia do Instituto de Filosofia
e Teologia Mater Ecclesiae-Diocese de Ponta Grossa.
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